Camila e Gabriel > analógico

analógico: porque nem tudo precisa ser instantâneo.

A fotografia analógica tem um tempo próprio. Ela exige calma, pede silêncio entre um clique e outro, convida à contemplação. Com Camila e Gabriel, esse tempo se desenhou no apartamento deles, onde a luz da tarde entrava devagar pelas janelas, iluminando a sala e revelando texturas, olhares, gestos.

O espaço era uma extensão do casal. Leve, despretensioso, mas carregado de histórias e detalhes que fazem dele um lar. A sessão aconteceu ali, no meio dos livros, dos quadros na parede, do sofá, dos objetos que contam sobre quem eles são. O instante em que a mão toca o rosto, o beijo no pescoço, o sentimento que se revela enquanto o obturador dispara.

No meio disso, poucas imagens foram feitas fora dali, nas ruas do Cambuí, onde o ruído da cidade encontrou os dois sem roteiro, sem ensaio. Autênticas, como eles.

O filme utilizado foi o Kodak ColorPlus 200, com sua granulação sutil e tons que lembram memórias, algumas delas convertidas em preto e branco. Fotografar em filme é sempre um risco. E é justamente aí que mora a beleza.