Fotografia analógica em 2021? Simmmmmmmmm! :)
E ai pessoal, tudo bem?
Há tempos não apareço aqui no blog... Sorry! Tantas coisas aconteceram nos últimos meses.
Sou filho de fotógrafo e muitos de vocês já sabem disso, convivi em meio à fotografias impressas, rolos de filmes e com a experiência inesquecível de poder observar meu pai cuidando de suas fotos e álbuns com tanto amor e zelo.
Meu primeiro contato com a fotografia se deu de forma analógica, com filmes fotográficos 35mm (aqueles de antigamento, sabe? Bobinas que vinham com 12, 24 ou 36 poses). Se você nasceu nos anos 2000 possivelmente não saberá do que estou falando, rsss.
Antes do surgimento da fotografia digital, fotografávamos com câmeras que utilizavam filmes sensíveis à luz, os tão famosos negativos. Esses filmes eram inseridos em um compartimento das câmeras que ficava vedado e não tinha contato com a luz, a não ser no momento do click, quando uma cortina se abria e a luz captada pela lente da câmera registrava no filme a imagem captada. Era uma poesia todo esse processo, lindo lindo...
Com o tempo as fotografias analógicas foram perdendo cada vez mais espaço, até que a tecnologia digital praticamente zerou o uso dos filmes.
Porém, pessoas como eu, amantes do disco de vinil e de vários outros artigos de museu ainda buscam manter o contato com essas antigas formas de fazer e experienciar a arte.
Voltando aos filmes fotográficos... Eles ainda são fabricados, porém em escala mega, master reduzida e por conta da baixa procura e oferta, são caríssimos (pelo menos eu acho, rsss). Nas minhas experiências com o analógico, tenho fotografado muito com filmes vencidos, alguns expirados há mais de uma década e com isso sempre obtenho resultados inusitados e muitas vezes inesperados.
Cada formato e marca de filme possuí sua característica, sejam elas as cores, sensibilidade e latitude. Basicamente os filtros que aplicamos em nossas fotos digitais hoje em dia, inclusive filtros de aplicativos de celulares, se inspiraram nos diferentes resultados de cor que cada filme nos proporcionava no passado.
Eu havia parado com o filme, esse hobbie além de caro, dá muito "trabalho". Porém, dia desses, com um álbum de fotos pessoais no colo, pude viajar no passado e o desejo de voltar a fotografar de forma analógica voltou e voltou com tudo.
Corri atrás de comprar mais filmes, encontrei um laboratório incrível e voilà, aqui estou com um post "alternativão" onde compartilharei fotos que fiz durante um casamento. Obviamente garanti todas as minhas fotos oficiais com o digital, porém "queimei" dois filmes de modelos diferentes em paralelo com o trabalho oficial.
Os filmes utilizados foram o Kodak Colorplus 200 e o Ferrania Solaris 100 (Push @200), filmes de texturas e cores completamente diferentes e o resultado me deixou bastante contente.
O laboratório que cuidou da revelação e digitalização dos filmes foi o maravilhoso LAB LAB, que fica em Curitiba/PR porém atende o Brasil inteirinho. Sou fã demais do trabalho dessa galera e super recomendo!
Abaixo estão as fotos de filme que fiz no grande dia da Gabi e do Du, os clicks da cerimônia foram feitas com o Colorplus enquanto no ensaio utilizei o Solaris. Espero que gostem do resultado e consigam sentir essa nostalgia gostosa do filme fotográfico.
Com carinho, Gui Pontes.
Observações:
- Utilizei uma câmera Nikon N80 e as lentes 35mm 1.4 e 85mm 1.4.
- No pós tratamento apenas ajustei exposição, contraste e enquadramento. Mantive a tonalidade original do filme, com excessão das fotos que converti em PB.
- O casamento aconteceu no Alto das Palmeiras, em Vinhedo/SP